24/02/2015 10h03 – Atualizado em 24/02/2015 10h03
Atividades oferecidas no centro incluem terapias ocupacionais, artesanato e acompanhamento psicológico
Por: Naiane Mesquita
Compreender as diferenças e buscar a qualidade de vida de pacientes que têm transtornos mentais são alguns dos objetivos da equipe do Centro de Atenção Psicossocial de Bonito (CAPS). Ao todo seis profissionais se revezam todos os dias para atender as necessidades de cerca de 150 pacientes do município, que participam gratuitamente de sessões de terapia, avaliações psiquiátricas, aulas de artes e educação física.
Segundo a coordenadora e psicóloga do CAPS em Bonito, Francielli Cristina, este ano o centro passou por algumas modificações em sua grade de atividades e horário. “Agora as atividades começam às 12 horas e seguem até às 17 horas. Antes era no período da manhã. Também ampliamos os dias de atendimento no CAPS e toda quarta-feira realizamos visitas domiciliares, convidando os pacientes e seus familiares a retornar ou continuar o tratamento, além de avaliar o ambiente familiar”, explica a coordenadora.
Os CAPS são serviços da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS abertos destinados a prestar atenção diária a pessoas com transtornos mentais. O atendimento inclui o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercícios dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitário, além de atender os pacientes também em momentos de crise. “Nós temos pacientes com depressão, transtorno do pânico e esquizofrenia, por exemplo. Normalmente são pessoas afetuosas, mas que a sociedade não aceita, que tem dificuldades de ter uma vida social, de ir a passeios, trabalhar, de se inserir na sociedade. Claro que existem biótipos que são agressivos, mas não é a maioria”, afirma.
Para ajudar nesse processo de reinserção na sociedade, o CAPS oferece aulas de artes e agora estuda a inclusão de atividades físicas. “Vamos experimentar incluir aulas com uma educadora física, que ajudará os pacientes com alongamentos e outros exercícios. Já temos as oficinas terapeutas, de artesanato também. Seria um complemento importante. Outro passo seria montar um grupo familiar, que preste assistência a família desses pacientes, que também precisam muito de auxílio”, acredita.
Francielli ressalta que esse trabalho resulta diretamente na melhora da qualidade e da vida em sociedade dos pacientes. “Temos um caso de um paciente que nós conseguimos inserir no mercado de trabalho. Ele está trabalhando em um supermercado e tem atendido as expectativas. Esses resultados não seriam possíveis sem o trabalho de todos do CAPS, em especial da assistente social Kassila Favero Silva, que tem me ajudado nesses novos projetos”, aponta.
Confira o calendário de atividades do CAPS:
Segundas e quintas-feiras: Atendimento médico para pacientes com transtornos severos e graves.
Segundas, terças e quintas-feiras: Atendimento psicológico.
Terças e sextas-feiras: oficinas terapêuticas e de artesanato.
SERVIÇO – Informações sobre o CAPS pelo telefone (67) 3255-2125/ 8468-9397
