Os casos recentes de suicídio em nossa cidade levantaram uma série de questionamentos sobre os serviços públicos de assistência a pessoas com doenças psicológicas. A Prefeitura de Bonito, por meio da Secretaria de Saúde, vem a público esclarecer que tem realizado um trabalho intenso, voltado não apenas aos pacientes com transtornos mentais, como também a família.

O município conta hoje com seis psicólogas na Saúde, sendo duas lotadas especificamente para as demandas do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), uma no CER (Centro Especializado de Reabilitação) e três na UBS Padre José Ferrero, que atendem a comunidade de forma geral e são as responsáveis por encaminhar os pacientes para um tratamento mais completo, sempre que necessário.

Além delas, a Secretaria de Educação e Cultura (Semec) e a Secretaria de Assistência Social também contam com profissionais da área, atuando nas escolas e centros de educação infantil de Bonito, ajudando os professores e coordenadores na identificação de problemas psicológicos entre os alunos e familiares e no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), com as famílias atendidas pelos programas sociais do município e público em geral, que busca atendimento na unidade.

No CAPS são realizados uma média de 650 atendimentos por mês. O local é a referência em saúde mental do município e desde setembro de 2022 tem passado por reestruturação, visando acolhida universal de todos os pacientes. Para isso conta com um quadro de profissionais que incluem desde técnicos de referência, capacitados para atender as mais variadas situações, incluindo casos onde há intenção suicida, psicólogos, psiquiatra e uma médica em Saúde Mental.

Os técnicos atendem em horário comercial na unidade e em regime de plantão, garantindo alguém disponível 24 horas, pelo celular, bem como solicitando apoio imediato em casos de possível suicídio.

Na unidade são realizadas semanalmente rodas de conversa entre grupos de prevenção ao suicídio, com no máximo 15 pessoas, divididos por idade e sexo. O município também tem desenvolvido uma série de campanhas de prevenção, nas mídias sociais, rádio e nas unidades de saúde, destacando a importância da vida e os canais disponíveis para ajuda.

Por fim, a Prefeitura esclarece que os casos mais recentes não eram pacientes do CAPS, bem como nunca procuraram atendimento psicológico nas unidades de Saúde do Município e por isso reforça o pedido para que fiquem atentos aos seus familiares e solicitem ajuda sempre que identificarem situações fora do normal, porque só é possível atuar junto a essas pessoas e tentar impedir novas tragédias, quando temos conhecimento do caso.

“A Secretaria de Saúde reforça que está a par da situação em nosso município, já acionamos o Estado, que prontificou uma equipe que fará reuniões com nossas equipes, online e presencial, e também disponibilizou protocolos que serão colocados em prática a partir da semana que vem”, complementa a titular da Pasta, Ana Carolina Colla.

O prefeito Josmail Rodrigues finalizou destacando que o município tem investido em ações de combate as drogas, que também resultam em casos de suicídio e feito o possível para prestar apoio às famílias. “Hoje gastamos cerca de R$ 100 mil ao mês com internações de pacientes, temos 15 pessoas em clinicas de reabilitação, no qual o município assume todas as despesas, além de fornecermos medicamentos de alta complexidade para quem precisa. Enfim, nos compadecemos da dor de cada família e vamos intensificar as ações para que isso não acontece mais”.

O CAPS está localizado na R. Geraldo Leite, nº 116-224, Vila América – telefone (67) 3255-2125, bem como psicólogos disponíveis no ESF Centro, na Avenida Pilad Rebuá.